ESTA PÁGINA...
UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO EDUCATIVA, PEDAGÓGICA E CULTURAL...
Sem grandes pretensões, vai procurar deixar aqui ideias e informações breves sobre a vida animal e não só!
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Coruja-das-Torres |
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Mocho-de-orelhas |
13 - Sabes que, as aves de rapina são exímias predadores, mas que uma grande
parte delas actuam, maioritariamente, de noite. Em zoologia, chamam-se a estas
aves: Rapaces nocturnas. Fazem parte de uma ordem (as Strigiformes) que inclui também as Rapaces diurnas (Falconiformes e Accipitriformes; na primeira está considerada apenas uma família e
na segunda estão incluídas 3 famílias, duas destas apenas com uma espécie e na
outra todas as restantes espécies: mais de 230 espécies). As Strigiformes, Rapaces nocturnas, dividem-se
em duas famílias: (Strigidae e Tytonidae); nestas famílias podemos
encontrar perto de 3 dezenas de géneros com mais de 220 espécies. As famílias diferem
entre si, pelo tipo de táxon (ou seja, pelo grupo populacional de espécies com características
biológicas e morfológicas similares sendo-lhes conferida uma classificação
cientifica no seu conjunto). Todas elas, de certa forma, são consideradas
corujas; os agrupamentos na definição das famílias podem ser vistos como: nas Strigidae as autenticas corujas e nas Tytonidae as que são da família das
corujas. Este tipo de aves de rapina (nocturnas e diurnas) partilham algumas características
comuns: bico curtos, fortes e curvos em forma de gancho; garras afiadas e grandes;
hábeis voadores com uma capacidade de voo rápido; excelente visão e uma audição
muito apurada. No caso, das Rapaces nocturnas, sobressaem ainda determinadas características
particulares e hábitos comportamentais (etológicos) específicos: A visão é
binocular (quando ambos os olhos focam o objecto em simultâneo), e a audição
binaural (percepção da direcção sonora), A capacidade visual com baixa luminosidade
é muito elevada o que lhes permite voar e mesmo caçar sem qualquer visibilidade
apenas pela orientação do som e das frequências sonoras, estas aves têm uma
postura corporal erecta, as suas longas asas são largas e arredondadas, as
penas densas possuem uma adaptação para um voo silencioso, a cabeça destas aves
são por norma com um diâmetro volumoso, muitas delas são caracterizadas por uma
plumagem facial em forma de disco que lhes permite uma melhor captação sonora,
sendo os olhos fixos e frontais e direccionados para a frente o que implica que
estas aves para observarem o meio tenham que girar a cabeça na direcção pretendida
e ao fazê-lo conseguem uma rotação (imagine-se) de 270 graus. Algumas aves
apresentam aquilo que aparenta umas grandes orelhas, mas que são falsos
apêndices de plumas, as orelhas estão ocultas de ambos os lados entre a
plumagem.
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Bufo-real |
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Mocho-galego |
Tanto as corujas ou os mochos e bufos, são animais de hábitos
nocturnos, solitários e reservados, passando grande parte do tempo empoleirados
e dissimulados entre os ramos das árvores, sendo por isso, aves arbóreas, e muito
poucas as espécies térreas ou adaptadas a estruturas de pedra ou rochosa. A
vocalização de sons é diversificada, passando por pios curtos ou profundos,
guinchos, gritos, assobios, estalidos e muitos outros sons ou ruídos, alguns
deles difíceis de descrever por serem tão estranhos. Refugiam-se nos ramos de
árvores, ou em buracos ocos nestas, buracos ou cavidades nas rochas. Dormem em
geral depois do sol nascer e durante o dia. A coloração das penas varia pouco,
situando-se entre o cinzento e tonalidades de castanho-mesclado cinza. Alimentação
destas aves rapinas nocturnas, baseia a sua dieta com pequenos roedores, aves
menores, repteis e anfíbios, ou mesmo insectos, as crias de outras aves e de
pequenos mamíferos também podem fazer parte das suas presas. É frequente
engolirem inteiras as suas presas, regurgitando mais tarde, partes não digeridas,
como os ossos e outras partes, em bolas enoveladas de pelos.
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Coruja-moura |
A maior evidência
do dimorfismo sexual entre os machos e as fêmeas está no seu tamanho, em geral,
as fêmeas são maiores que os machos. A demografia destas espécies está distribuída
por todo o planeta, com a excepção do Norte da Gronelândia e algumas ilhas
nórdicas, mas também totalmente inexistente na região Antártica. Habita todo o
tipo de ecossistemas e biomas, sejam eles florestas, desertos, regiões
temperadas ou tropicais, incluindo as regiões nórdicas e árticas. Em Portugal
continental e na região autónoma dos Açores, são conhecidas pelo menos, seis no
continente e uma nos Açores da família Strigidae:
Mocho-de-orelhas (Otus scops/1758), Mocho-galego (Athene noctua/1769),
Coruja-do-nabal (Asio flammeus/1763), Coruja-do-mato (Strix aluco/1758), Bufo-real
(Bubo bubo/1758), e o Bufo-pequeno (Asio otus/1758) no continente e Açores; da família Tytonidae, apenas a Coruja-das-torres (Tyto alba/1769)
é conhecida em território português. A Coruja-moura
(Asio capensis/1834), encontra-se
provavelmente, extinta em Portugal desde o principio do século XX, já rara
nessa altura, os últimos exemplares conhecidos foram caçados, perto do estuário
do Tejo, incluindo pelo o nosso Rei D. Carlos. Uma boa parte das Rapaces
nocturnas encontram-se vulneráveis ou mesmo ameaçadas de extinção.
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Ave-do-paraíso-magnífica |
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Soberba-grande-ave-do-paraíso |
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Ave-do-paraíso-azul |
12 - Sabes que, as aves têm dentro da ordem dos “Passeriformes”
uma família de pássaros das mais belas, senão das mais magnificas do reino
animal. Esta família, conhecida como: “Paradisaeidae”,
possui uma tribo de aves a que é dado o nome cientifico “Paradisaeini”, e é aqui neste grupo que poderemos encontrar cerca
de 14 géneros (que incluem ao todo, 43 espécies) de uma das mais extraordinárias
aves que conhecemos: as Aves-do-Paraíso. O que faz com que estes pássaros sejam
tão especiais? É acima de tudo, pelas excessivas e abundantes ornamentações da
plumagem de grande parte dos machos das diversas espécies que constituem os
vários géneros da família desta ave. Habitam o Sudeste asiático e a Oceânia, em
locais como o Norte da Austrália nas regiões mais tropicais, a Papua e Nova
Guiné, a Indonésia e as Ilhas Molucas, ou ainda outras ilhas circundantes (como
a Península de Huon ou a ilha de Batanta).
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Ave-do-paraíso-vermelha |
Podemos encontrá-las a diversas
altitudes nestas regiões, desde de zonas costeiras, mangais, pantanosas até às
mais florestas mais inóspitas cobertas por densas neblinas e a altitudes que
podem chegar aos 3.000 a 3.500 metros acima do nível do mar. Para além, daquilo
que é designado como dimorfismo sexual (pelas características diferenciadoras e
evidentes entre machos e fêmeas), estas aves também variam muito de porte ou
tamanho; comprimentos da cabeça ao fim da cauda que vão desde uma pequena ave
de 13/15 cm até espécies que podem atingir perto de 120/125 cm. As diferenças
são muito significativas entre morfologia dos machos e das fêmeas, até porque
estas têm um aspecto bastante vulgar e pouco atrativo nas suas plumagens que não
variam muito para lá do cinzento e do castanho; ao contrário dos machos
pretendentes, que exibem consoante as espécies, uma diversidade de penas
exuberantes, cada espécie mais esplêndida que outra, algumas delas
verdadeiramente extraordinárias.
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Ave-do-paraíso-de-doze-fios |
Só a partir de 2003, é que foi possível,
conhecer melhor esta ave e todas as suas espécies, um trabalho produzido por
dois excepcionais conservacionistas (o ornitólogo Edwin Scholes e o biólogo e
fotógrafo Tim Laman) que levou mais de oito anos a realizar, envolvendo 18
expedições e mais de 2 mil horas de observação. Graças a eles, hoje, temos
conhecimento sobre como se exibem estes machos, os seus comportamentos, as suas
danças, nos seus rituais de corte, na competição com outros machos e no acasalamento
com todas as fêmeas que conseguem encantar. Com uma gama extravagante de cores deslumbrantes
e adornos incríveis na plumagem semelhantes a tufos, penas em forma de capas,
longas plumas, cristas, penachos e leques, peitilhos incomparáveis com outras
formas de vida na natureza. Mas, nem sempre é assim, também existem machos de aves-do-paraíso
sem qualquer exuberância e praticamente idênticos às fêmeas que cortejam. Estas
aves são omnívoras, em geral de bicos curtos e rijos, possuem uma dieta
alimentar bastante variada, que englobam frutos, folhas, anfíbios, insectos e mesmo
outros invertebrados. Outra aparente característica destas aves, está
relacionada também como os machos, que por norma são solitários e não
participam nos cuidados das crias, desligando-se a partir do momento da
incubação dos ovos; porém, nos casos de espécies onde os machos não exibem este
espectáculo intenso de plumagens, a
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Grande-ave-do-paraíso |
sua participação nos cuidados das suas
proles, é comum. Infelizmente, a espectacularidade destas aves também foi
durante muito tempo um dos factores mais ameaçador do extermínio de milhares de
indivíduos, caçados, mortos e desmembrados para uso na vaidade dos humanos e
dos povos que cultivam a vaidade em função de estatutos nessas sociedades. É
uma ave com muito poucos predadores naturais, por isso, evoluiu e prosperou e
diversificou-se desta forma. Mas a influência negativa da humanidade sobre
estas maravilhas da natureza não acaba aqui, a desflorestação permanente destas
regiões e a destruição destes habitats tão variados que estas aves utilizam, associado
ainda com as plantações intensivas para produção industrial de óleo de palma,
estão a comprometer como nunca o futuro de toda a biodiversidade ali existente.
Descobre um pouco mais sobre estas aves, por exemplo: a Ave-do-paraíso-vermelha (Paradisaea rubra/1800), a Ave-do-paraíso-azul (Paradisaea rudolphi/1885), a Soberba-grande-ave-do-paraíso (Lophorina superba/1781), a
Ave-do-paraíso-magnífica (Cicinnurus
magnificus/1781), a Ave-do-paraíso-de-doze-fios (Seleucidis melanoleucus/1800) ou a Grande Ave-do-paraíso (Paradisaea
apoda/1758).
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Aligator-americano |
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Crocodilo-de-água-salgada |
11 - Sabes que, Um dos mais espantosos répteis do mundo animal e dos mais perfeitos seres do
reino animal, pertence à ordem dos “Crocodylia”. Falo de espécies que fazem
parte de três famílias que se encontram dividas em diversos géneros de
crocodilos. A família “Crocodylidae”
é composta por 14 espécies, enquanto a família “Gavialidae” com apenas 2
espécies estão separadas em duas subfamílias, a família “Alligatoridae”
encontra-se dividida em 8 espécies sobreviventes. Nestas últimas duas famílias,
são muitos os géneros com espécies extintas; no género de crocodilos conhecidos
como gaviais, hoje subsistem apenas o Gavial ou Gharial (Gavialis gangeticus/1789)
e o Falso-gavial ou Gavial-da-malásia (Tomistoma schlegelii/1838); no género de
crocodilos a que cientificamente, chamamos de aligatores e caimões (é também
vulgar estes serem conhecidos por jacarés), podemos descobrir espécies como: Aligator-americano
(Alligator mississippiensis/1802), Aligator-da-china (Alligator sinensis/1879,
considerado em CR-Perigo Critico), o Caimão-do-pantanal (Caiman yacare/1802) ou o Caimão-anão ou pigmeu (Paleosuchus palpebrosus/1807). Na
família “Crocodylidae”, faço dois destaques: o Crocodilo-de-água-salgada (Crocodylus porosus/1801), por ser o
maior de todos os crocodilos e répteis existentes; e o crocodilo-do-nilo (Crocodylus niloticus/1768), por ser o
maior dos crocodilos que podemos observar de perto no nosso país, neste caso no
Zoo de Lisboa. Sobre estes animais, há muito para saber, mas um dos factos mais
interessante é que um dos poucos géneros sobreviventes da vida animal que
evolui desde o tempo dos dinossauros; calcula-se que a sua evolução tenha perto
de 250 milhões de anos.
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Gavial-da-India ou do Ganges |
O tamanho de alguns exemplares é impressionante; “Lolong”
era um crocodilo-de-água-salgada, capturado em Setembro de 2011 num rio em Bunawan
nas Filipinas, media cerca de 6,12m e pesava mais de uma tonelada, morreu a 10
de Fevereiro de 2013, e é ainda hoje o maior crocodilo conhecido mantido em
cativeiro (infelizmente, viveu pouco tempo, para ser estudado e ajudar a
ciência a entender melhor estes animais). Outra particularidade são as suas
mandibulas, com uma força exercida através de uma pressão de 1,678 kg na maior
das espécies, que leva a considerar estes animais com a mordedura mais poderosa
do reino animal; contudo, os seus dentes cortantes apesar de sete ou oito
dezenas não estão alinhados para mastigar, por isso usam-nos para agarrar e rasgar
despedaçando as presas. As diferenças mais evidentes entre crocodilos e
aligatores ou caimões, estão no crânio, no caso dos crocodilos o focinho é alongado
e comprido e mesmo com as mandibulas fechadas grande parte da dentição (e que é
maior e mais numerosa) fica exposta, enquanto nos aligatores o focinho é largo
e arredondado e os dentes que ficam de fora são pouco evidentes. Os primeiros
habitam mais as regiões tropicais e subtropicais, e os segundos a região do
sudeste dos EUA e o Sul ou o oriente asiático. Vivem junto à costa e em rios, e
podemos encontrar este género de animal em continentes como Austrália, Ásia,
América e África. A sua pele é bastante adaptada, escamosa (placas coriáceas),
dura e muito seca. Tanto os olhos como as narinas encontram-se na parte superior
da cabeça e do focinho, que lhes permite mantê-los praticamente submerso apenas
com estes órgãos visíveis à tona da água, aumentando assim, a sua capacidade de
impulso e emboscada, tal como, manter a respiração e observar o meio sem que
seja detectado. No topo da cadeia alimentar, são poucas as espécies que numa
distração não façam parte da sua alimentação (incluindo, para algumas espécies
de crocodilos, o ser-humano tem sido também ele, uma das suas vitimas).
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Tubarão-baleia |
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Tubarão-lanterna-anão |
10 - Sabes que, existem cerca de 440
espécies de Tubarões espalhadas por todos os mares da Terra, incluindo alguns,
em zonas aquáticas de água doce. Devido às diferentes características morfológicas
ou anatómicas e às distinções genéticas do seu ADN, em termos científicos,
estão classificados em oito ordens distintas e divididos por cerca de 34 categorias
de famílias específicas. Junto e ao largo da costa continental portuguesa,
Madeira, e principalmente, na zona marítima do Arquipélago dos Açores, são
conhecidas e estão registadas até agora, pelo menos, 46 espécies de tubarões. A
maioria deles, não representam grande perigo para a nossa população, contudo,
há avistamentos na região dos Açores, do Tubarão-branco ou do Tubarão-azul. Um
dos mais frequentes visitantes (para além do Tubarão-frade, “Cetorhinus maximus/1765”, que pode atingir os 10 metros e pesar mais de 12 toneladas) é
o maior peixe do mundo: o Tubarão-baleia (Rhincodon
typus/1828), um inofensivo peixe (com uma dieta à base de plâncton,
crustáceos como o Krill, e pequenos moluscos) gigante de 12 m, mas que alguns
registos dão espécimes com dimensões superiores até cerca de 15 metros, e provavelmente,
estas medidas perante o nosso desconhecimento do imenso mar, acredita-se que
podem ainda ser ultrapassadas, podendo pesar perto de 20t. Até hoje, Portugal,
não tem nenhum caso de um ataque sério, causado por um tubarão, os poucos encontros
casuais não provocaram consequências graves ou mesmo ferimentos nos
mergulhadores e banhistas. Os tubarões possuem características muito
especificas e que também variam entre as mais de quatro centenas de espécies; são
peixes cartilaginosos revistos por cartilagem e cobertos por escamas placoides
semelhante a uma cobertura esmaltada, não têm uma estrutura óssea, os seus
corpos são fusiformes, não possuem a bexiga natatória (cheia de gás) que lhes
permita a capacidade de flutuabilidade e por isso precisam de estar sempre em
movimento para não se afundarem ou morrem asfixiados, têm 5 a 7 fendas
branquiais (guelras) junto à cabeça e permitem a circulação de água e a
oxigenação necessária para respirarem, a sua visão é muito fraca ao contrário
do excelente olfacto e audição, a reprodução consoante as espécies divide-se em
três tipos e que vão desde oviparidade (produção ovípara com a libertação de
ovos) à ovoviviparidade (produção de ovo e eclosão dos ovos no interior da
fêmea até ao parto das crias perfeitamente concebidas) ou viviparidade (reprodução
vivípara com gestação em placenta até ao seu desenvolvimento funcional e com um
parto semelhante aos mamíferos). A característica anatómica mais conhecida, são
as suas barbatanas; a dorsal que se tornou emblemática pela imagem de perigo
que representava, a caudal por ser em geral maior na parte superior em relação
à parte inferior, e as laterais que os mantêm estáveis e equilibrados durante o
processo de impulsão. A outra grande característica é a sua dentição afiada e
cortante sempre numa contínua substituição, crescendo os novos atrás dos
anteriores e que podem ir de 2 a 5 camadas de conjuntos de dentes
(surpreendente, são estudos que indicam que um tubarão pode mudar 20.000 dentes
ao longo de uma década). Geneticamente, aparentados com as Raias e as Quimeras.
Os tubarões são dos animais vivos mais antigos que se conhecem, apesar da
dificuldade de registos de fosseis, os estudos mais recentes (calculava-se até
há pouco tempo que a sua origem tivesse cerca de 200/250 milhões de anos) estimam
que existam há mais de 400 milhões de anos, ou seja, anteriores ao período dos
dinossauros. A sua longevidade varia também entre espécies, mas em média, a
esperança de vida ronda os 10-20/25 anos, alguns casos, como o Tubarão-baleia, suspeita-se
que podem atingir perto de 100 anos. Para quem puder e quiser observar estes extraordinários
seres, o Oceanário de Lisboa, possui 16 espécies com mais de 73 exemplares,
assim como, o SEA Life no Porto, também possui algumas. A maior ameaça, e que
vem colocando em risco de extinção muitas destas espécies devem-se à caça
excessiva, legal e ilegal, ou ainda ao tráfico de barbatanas e outras partes (como
o seu fígado, devido à grande quantidade de óleo ali residente) do animal para
o comércio da medicina tradicional. Como nota final, o mais pequeno tubarão
conhecido é o Tubarão-laterna-anão (Etmopterus
perryi/ 1985), entre os mais perigosos enquanto predadores, o
conhecido Tubarão-branco (Carcharodon carcharias/1758) e o Tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier/1822),
o Tubarão-azul (Prionace
glauca/1758) ou o Tubarão-touro (Carcharhinus leucas/1839), podemos ainda incluir como parte desta lista, o mais veloz dos tubarões, o Tubarão-mako ou Anequim (Isurus oxyrinchus/1810).
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Mariposa-Imperador - Thysania agrippina com cerca 28 cm |
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Pigmeu Azul Ocidental - Brephidium exiliscomo
com 5 a 7 mm |
9 - Sabes que, as Borboletas e as
chamadas Traças ou Mariposas fazem parte de uma ordem cientifica em zoologia,
conhecida por Lepidoptera. Estes
Lepidópteros compõem o segundo grupo com maior diversidade de espécies entre os
insectos. Apesar de não se saber o número exacto, visto que sabemos apenas uma ínfima
parte das espécies conhecidas, calcula-se que existam mais de 180.000 tipos
diferentes de Lepidópteros. A variada destes invertebrados é tão grande, que
estão classificadas em diferentes categorias cientificas; cerca de mais de 40 superfamílias,
que por sua vez, se estendem a quase 130 famílias. Porém o maior número de
espécies está associado ao grupo das Traças, as Borboletas andam perto das 15
mil espécies conhecidas. A sua origem é muito antiga, os dados oficiais e de
acordo com fosseis bem identificados datam de 40 a 50 milhões de anos atrás;
mas, existem estudos em desenvolvimento, que provavelmente, podem vir confirmar
uma antiguidade ainda maior, entre 60/65 milhões de anos até 100 a 145 milhões
de anos, no período Cretáceo Inferior. Este insecto tem algumas
particularidades muito relevantes: a primeira, passa pelo processo de variações
do seu ciclo de vida e a metamorfose que sofre na sua morfologia (de um ovo,
passa para uma lagarta ou larva, depois fecha-se num casulo onde se transforma
em crisálida, algum tempo mais tarde dá-se então a metamorfose e a sua
transformação em borboleta), a segunda é morfologia composta pelas suas quatro asas
que se dividem em dois pares de ambos os lados, a terceira particularidade é o
dimorfismo sexual apresentando diferenças entre machos e fêmeas muitas espécies.
Após este processo completo, a finalidade de cada exemplar é o acasalamento e a
reprodução. O ciclo de vida finda num período curto de tempo, e a longevidade consoante
a espécie varia bastante, podendo durar cerca de duas semanas até aproximadamente,
três meses, às vezes um pouco mais. Habitam na maioria das regiões da Terra,
com a excepção da Antártida. Insectos estes, apesar de por vezes, representarem
verdadeiras pragas destruidoras de culturas e da vegetação, são por outro lado,
muito importantes para o equilíbrio da biodiversidade e a sustentabilidade dos
ecossistemas, não só como predadores de outros insectos como acontece com
algumas espécies, assim como reguladores e agentes polinizadores de plantas. O
Bicho-da-seda é ainda hoje um factor de relevo na produção de seda e no impacto
da economia, mas também, este e muitos outros podem fazer parte da culinária de
muitas culturas, porém, é preciso ter cuidado, pois alguns deles têm efeitos
perigosos e mesmo fatais, para a saúde humana. As dimensões destes Lepidópteros
podem ter uma variação enorme na envergadura de asas, e que vão das menores com
2,5 mm a cerca de 30 mm ou nas maiores até a 30 cm, e existem casos de espécies
na Austrália, Nova Guiné, Sudeste Asiático e Brasil com dimensões ainda maiores
(Mariposa-Atlas - “Attacus atlas/1758”, Mariposa-Imperador - Thysania agrippina/1776,
Borboleta-Rainha-Alexandra - Ornithoptera
alexandrae/1907). Seja como larva ou lagarta, como já em Borboleta ou Traça
podem consumir, dependendo da fase em que se encontram, diferentes alimentos,
que vão desde: plantas, caule, folhas, flores, frutos, sementes, néctares, ou
mesmo, lã, penas, pele, incluindo, agulhas de pinheiro.
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Bonobo (Pan paniscus, Schwarz/1927) |
8 - Sabes que, os Chimpazés e os Bonobos são os animais (mesmo parentes na espécie) mais próximos do Homem. As espécies partilharam um espécime comum há seis milhões de anos atrás. Enquanto, por exemplo, os chimpazés e os bonobos separaram-se apenas há cerca de um milhão de anos. Mas, é nos Bonobos, que poderemos encontrar comportamentos e o mapa genético mais próximo de nós, humanos, com 98,7% na partilha desse genóma. Porém, também os Orangotangos, os Gorilas, como outros primatas (que é aquilo que somos), tal como Gibões ou Lémures fazem parte desta mesma Ordem biológica. Apesar do número ser ainda descutível, calcula-se que existam 496 espécies de primatas. Se contarmos connosco, enquanto símios, são sete as espécies: Gorila-do-Ocidente, Gorila-do-Oriente, Chimpazé-comum, Bonobo, Orangotango-de-Sumatra e o Orangotango-do-Bornéu, Orangotango-tapanuli, para além do Homem.
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"Addwaita" |
7 - Sabes que, a longevidade dos animais no seu habitat natural é sempre dificil de precisar, se não forem monitorizados ao longo da sua vida. Varia igualmente, de forma significativa consoante as espécies e das classes a que pretencem. Um facto tido como certo cientificamente falando, é sobre as duas espécies de que se conhece a maior longevidade registada. Falo de um espécime da Baleia-da-Gronelândia e de outro espécime de uma Tartaruga-Gigante-de-Aldabra. No primeiro caso, através de estudos do globo ocular, calcula-se que este exemplar caçado teria cerca de 211 anos (enfim, com uma margem de erro prevista de 34 anos aproximadamente). Quanto ao outro exemplar, a Tartaruga-Gigante que habitava desde 1875 no "Alipore Zoological Garden", um Zoo de Calcutá, chamada "Addwaita" e falecida em 2006. Dizem as entidades oficiais do Zoo que ela tinha cerca de 250 anos. Porém, não é essa a opinião de um cientista do ZSL (Zoological Society of London), que afirma que o exemplar não teria sequer 200 anos. Até esta data, "Harriet" uma Tartaruga-das-Galápagos, associada de forma imprecisa ao "HMS Beagle" e a Charles
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Baleia-da-Gronelândia (Balaena mysticetus /1758) |
Darwin, teria quando morreu também em 2006, cerca de 170 anos, no Jardim Zoológico de Beerwah, na Austrália. Todavia, surgiu recentemente, um dado novo, sobre um
Tubarão-da-Gronelândia, que através da datação de radiocarbono e da retina do globo ocular, calcula-se que tivesse próximo dos 272 anos (para não citar os 400 anos que alguns investigadores atribuiram). Mas, por aqui pode-se ver que a longevidade animal ainda nos pode vir a surpreender em muitos anos.
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Tubarão-da-Gronelândia
(Somniosus microcephalus /1801) |
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Falcão-peregrino |
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Chita |
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Marlim-preto |
6 - Sabes que, existem
animais muito mais velozes do que nós humanos. O homem mais rápido do mundo,
com o valor registado de 45 Km/h, é Usain Bolt; o atleta jamaicano. Porém, por
muito rápido que Bolt seja fica ainda muito aquém da velocidade que alguns animais
alcançam. O animal que atinge a velocidade mais rápida registada até hoje é o
Falcão-peregrino (Falco peregrinus
/1771); que atinge em média os 320 km/h num voo vertical quando caça, mas há um
registo em que a sua velocidade alcançou os 389 km/h. A Águia-real (Aquila chrysaetos) também pode alcançar
os 240 a 320 Km/h. No meio terrestre, o mais rápido é a nossa conhecida Chita
ou Leopardo-caçador (Acinonyx jubatus
/1775), um felino africano que numa velocidade de ponta num curto período pode
atingir os 110 a 120 Km/h, e esta capacidade é favorecida pela sua impressionante agilidade de movimentos em
corrida. Também em terra um herbívoro ungulado da América-do-norte, chamado
Antilocapra (Antilocapra americana
/1815), pode alcançar velocidades dos 80-90 Km/h em média podendo mesmo exceder um
pouco mais; este animal esteve praticamente extinto devido à caça. Na água este
troféu vai claramente, para os 120/128 Km/h do Marlim-preto (Istiompax indica ou Makaira indica /1832);
há quem também lhe chame Peixe-espada, mas eu discordo, por ser muito genérico
em relação a uma série de peixes do género. O Peixe-vela (Istiophorus platypterus) que era o mais rápido até há bem pouco
tempo foi também ultrapassado pelo Tubarão-mako (Isurus oxyrinchus) nos seus 120 a 124 Km/h, registados recentemente. Algumas espécies de
Atum também podem surgir neste patamar secundário. Se tivessemos que sequenciar um pódio, de uma coisa temos a certeza, esse pódio seria só ocupado por aves. Aqui mostra-se apenas, os mais rápidos, tanto no ar, na terra como na água.
5 - Sabes que, o maior carnívoro terrestre da Terra, é o
Urso-Polar (
Ursus maritimus/1774), conhecido pelo público em geral como Urso-branco. Mas o seu pêlo não é branco propriamente, não tem cor (transparente) e é a constante luz reflectida na espessa camada de pêlos que lhe dá a tonalidade branca. A sua pele é negra. Sendo o maior dos ursos, os machos pesam em média entre 300/400 e os 600/700 Kg, podendo atingir 800 kg e pesos ainda maiores; as fêmeas são mais pequenas e por isso menos pesadas. não excedem muito os 200 a 300 kg. O comprimento do Urso-Polar varia no par entre perto dos 200 cm até 250/260 cm. São excelentes nadadores, há registos de terem nadado provavelmente 80 a 100 km sem parar, terem permanecido debaixo de água uns 2 minutos e mergulhar a uma profundidade de trê metros. O seu olfacto é 100 vezes superior ao nosso. O Ártico é o seu habitat, entre o Alaska, os países nórdicos como a Dinamarca e a Noruega, da Gronelândia até as zonas siberianas Russas. Podem viver no máximo até aos 30 anos. É uma espécie ameaçada devido à caça e ao habitat frágil, por isso considerada "Vulnerável" pela Lista vermelha da IUCN.
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Gibão-de-Hainan |
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Lémure-de-cauda-anelada |
4 – Sabes que, mais de metade das espécies de primatas do mundo inteiro, estão em risco de
extinção. Ou seja, das 496 espécies de alguns estudos, ou das 504 de outros
trabalhos de investigação, provavelmente, 60% delas, cerca de 300… Encontram-se
ameaçadas e o seu futuro revela muitas dúvidas nos próximos anos. Mais de 75%
das espécies estão em perigo com o forte declínio das suas populações. A
alteração dos seus habitats, pela agricultura, as actividades mineiras, a
extracção de madeira e a busca pelos combustíveis fosseis ou expansão urbana…
juntamente com a caça e trafico ilegal de animais são as causa mais influentes
neste decréscimo das populações de primatas. Para além da maioria das espécies
de Lémures de Madagáscar, e de um número significativo de Macacos ou das
espécies de Gorilas, os Gibões são dos mais ameaçados. Só para se ter uma
ideia, existem apenas cerca de 30 exemplares de
Gibões-de-hainan (
Nomascus hainanus/1892), habitantes da
Ilha de Hainan, na China; população esta que viu desaparecer mais de 80% dos
seus indivíduos em estado selvagem em menos de 45 anos, devida à caça e à
destruição do seu habitat. Os maravilhosos e cativantes
Lémures-de-cauda-anelada
(
Lemur catta/1758) viram a sua
espécie decrescer em cerca de 95%; de 700 mil exemplares para somente 2.200… Só
em Madagáscar, são 6 as espécies de primatas entre as 25 mais ameaçadas do
mundo.
3 - Sabes que, quando
te perguntas… O que apareceu primeiro, o ovo ou a galinha? A resposta existe!
Oficialmente, de acordo com a evolução ou a origem das espécies, a lógica cientifica
aponta para que o ovo tenha surgido primeiro. Porquê? Apesar de parecer um
paradoxo, podemos dizer que sem o ovo não haveria galinha. Todos sabemos que as
aves evoluíram a partir dos répteis. Isto quer dizer que, a primeira espécie de
ave definida como tal nasceu de um ovo gerado por um réptil, muito próximo
daquilo que poderia ser uma ave, mas que biologicamente não o era. Se recuarmos
na evolução, o primeiro réptil terá tido origem num ovo, como sabemos que os
repteis evoluíram de anfíbios quer dizer que este ovo foi produzido por um anfíbio
muito semelhante a um reptil, mas que também não o era exactamente na sua
estrutura genética ou taxonomia. Este processo da evolução da vida foi recuando
no tempo até aquilo que chamamos zoologicamente, do “primeiro animal”. Porém
este desenvolvimento pára aqui, porque aqueles que são conhecidos como o “primeiro
animal”, denominados como “protozoários” (que não eram animais e que não
produziam ovos), eram microrganismos unicelulares (e não multicelulares como os
animais). Isto quer dizer, que ainda não sabemos qual foi o primeiro animal a
gerar um ovo mas que deverá ter existido há, provavelmente, mil milhões de anos.
Contudo, esta origem, para que evoluísse terá passado por um processo óbvio de
reprodução sexual e da fertilização do esperma para uma criação de um novo
material genético.
2 – Sabes que, o maior animal que já existiu na Terra e inteiramente identificado
até hoje… Ainda habita o nosso planeta?! A Baleia-azul (Balaenoptera musculus/1758) é, certamente, dentro daquilo que se
tem como certo, a maior espécie zoológica que conhecemos. Com dimensões estimadas
que rondam cerca de 30 metros de comprimento e 180 toneladas de peso (nunca se
pesou um baleia inteira), só é comparável com dois outros animais que existiram:
dois dinossauros; o Argentinossauro (20 mt de altura e 40 mt de comprimento, e
90 toneladas), e o Sismossauro (com os prováveis 50 mt de comprimento).O maior
comprimento registado foi de uma fêmea com 33,6 metros. A Baleia-azul tem um
outro recorde assinalável, produz o som mais intenso de que há registo, 188 dB,
superior ao de um avião a jacto e ouvir-se a centenas de quilómetros de
distância, mesmo a mais de 1000 km em determinadas condições. Os pulmões ao
expirarem podem provocar um repuxo de água com cerca de 9 metros de altura ou
mais. A sua língua é extraordinária, pesa aproximadamente 2,5 toneladas (idêntico
a um hipopótamo) e onde mais ou menos 50 pessoas adultas poderiam pôr-se de pé.
O coração é o maior do mundo e pesa mais de meia tonelada (igual a um carro ou
a uma vaca). O seu crânio pode ultrapassar os 6 metros. Uma criança pequenina
poderia gatinhar sem problemas nas artérias deste animal. As crias nascem com
mais de duas toneladas e meia e com cerca de 7 metros de comprimentos, podendo
beber mais de 500 litros de leite por dia e crescer a um ritmo de 90 kg por dia
em quanto pequenos. O pénis de um macho pode rondar os 3 metros. A baleias
alimentam-se de pequeninos crustáceos tipo camarões chamados “Krill” e, podem
ingerir mais de 40 milhões (4 toneladas) deles quando se alimentam. Este
extraordinário animal encontra-se em perigo de extinção devido à acção do
homem, devido à caça e pesca do seu alimento predilecto. Hoje não deverão
existir muito mais do que 12.000 indivíduos, por todos os oceanos do planeta.
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Casuar |
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Avestruz |
1 - Sabes que, as aves de maiores dimensões do reino animal são
apenas quatro os géneros que conhecemos (tiveram um parente não há muito tempo,
muito maior do que qualquer das aves que existem hoje: a Moa, era endémica da
Nova-Zelândia, e podia atingir os 350 cm de altura e pesar mais de 200 Kg,
extinta há mais de 500 anos)? Estas aves de grande porte, devido ao seu peso e
à sua biologia e morfologia (com a plumagem das asas muito macias, pernas
longas e robustas) nenhuma delas voa. Hoje, é a Avestruz (Struthio camelus/1758),
e única espécie desta família (Struthionidae), a maior ave viva que poderemos
observar; o seu peso varia de 90/100 kg a 130/150 kg ou mais, no caso de alguns
machos; podendo atingir mais de 180/200 cm de altura, chegando mesmo em alguns
exemplares alcançar cerca de 250 cm; conseguindo atingir também velocidades em
corrida perto de ou mesmo os 80 km/h, o que a coloca entre os animais mais
rápidos em terra; a sua longevidade de vida é também significativa, pois pode
viver entre 50, 60 a 70 anos, se as condições naturais lhe permitirem; e das
aves de maior envergadura, é a única que habita o Continente africano, mais
propriamente, as grandes savanas e as regiões consideradas semidesérticas; em
termos de conservação o seu estatuto é considerado: LC-Pouco Preocupante. O Nandu, conhecidas que são duas espécies: Nandu-de-darwin (Rhea pennata/1834
) e Ema ou Nandu-americano (Rhea americana/1758) ,
vivem e são endémicos da América do Sul (Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai ou Peru) e pertencem à família
Rheidae (a mesma dos Emus, outra das espécies destas grandes aves); medem entre
os 90/92 e os 100/170 cm, com um peso que varia dos 15 aos 25/28 kg, e podem alcançar também velocidades que rodam os 60 km/h, semelhante à avestruz tem
igualmente um pescoço comprido; habita também pradarias e estepes, zonas amplas,
mas podendo deslocar-se a altitudes de 2000/4000 metros acima do nível do mar; com
uma plumagem idêntica às avestruzes a sua cor é uma mescla de castanho (até quase preto) e
branco; e também são as únicas representantes do Continente americano; e o seu
estatuto de conservação é considerado LC-Pouco Preocupante, em certas regiões
estão em declínio (NT-Quase Ameaçada). O Emu
(Dromaius novaehollandiae/1790), é a
segunda maior ave de grandes dimensões não voadora, originária e habitante
insular do Continente australiano; foram conhecidas até à data 3 espécies (hoje,
duas delas estão extintas), porém existem ainda nesta última espécie 3 de 4
subespécies (uma delas já extinta, em 1845, que habitava a Tasmânia); medem em
média entre os 150 e os 180/200 cm, em geral pesando perto de 60 Kg, a sua
coloração é igualmente castanha com tons mais escurecidos do que as Nandus,
também conseguem correr suficientemente rápido chegando mesmo aos 50 Km/h;
estima-se que possam viver 10 a 20 anos, talvez mesmo perto de 25/30 anos em
cativeiro; o estatuto de conservação é idêntico às outras aves referidas:
LC-Pouco Preocupante. O Casuar (do
Género: Casuarius: existem 3
espécies); o seu habitat divide-se entre a Nova Guiné (na Papua), a Austrália
(onde as populações e subpopulações são encontradas em Queensland, Península de
Cape York, Monte Amos e alguns parques nacionais), e algumas ilhas do
arquipélago da Indonésia; é de todas elas, aquela que apresenta uma morfologia
mais diferenciada das restantes aves; pode medir até cerca dos 170 cm e pesar
perto dos 60 Kg, com duas características particulares: excelente nadadora e
capaz de dar saltos que podem atingir 1 metro ou mais; outra das marcas desta
ave é a sua plumagem farta e de penas pretas, o pescoço e a cabeça são azuis ; uma
típica crista óssea avermelhada destaca-se na sua cabeça tal como a pele
dobrada e pendente no pescoço, as asas são muito curtas, e as pernas também são
mais curtas que as outras 3 espécies de aves de grande porte, mas muito ágil e
rápida, nos pés possui uma garra poderosa com cerca de 20 cm; de todas, esta ave
solitária é a única em que o habitat difere das restantes, habita as florestas
densas e subtropicais e os mangais e plantações de árvores de frutos; o seu
estatuto é considerado também LC-Pouco Preocupante, apesar da população vir a sofrer
também um declínio. A etologia destas aves é bastante diversa nos graus
comparativos entre elas, contudo, mantêm um factor comum muito particular; são
maioritariamente os machos que incubam os ovos e cuidam das crias quando
nascem. O tamanho dos ovos (o ovo de avestruz pode pesar entre 750 gr e 1,5/1,6 Kg e
medir 15 cm de comprimento) e número elevado de ovos por incubação são
igualmente outra das características que definem estas espécies.
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Nandu-de-darwin |
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Emu |
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