LINCE VERMELHO OU BOBCAT
Ernest Ingersoll, ilustração de 1906, Lynx rufus |
Depois, de vários artigos sobre o Lince-Ibérico (pelo qual tenho um afecto
e quem sempre dediquei particular atenção), decidi dar a conhecer um pouco
melhor as outras espécies de Linces. Escrevi sobre o Lince Euroasiático. Porém,
parece que nunca é suficiente para falar sobre uma espécie, seja ela qual for.
No entanto, sinto que o mais importante é falar sobre elas, a dimensão do
artigo no momento deixa de ser a questão pertinente mas sim, lembrar o animal
nas suas particularidades mais relevantes…
Agora, chega a vez do…
Lince-Vermelho.
O Bobcat, um felino de uma
beleza extraordinária…
Lynx rufus é o nome cientifico desta espécie, ou a
sua nomenclatura binomial (ou seja binominal, isto porque o nome cientifico de
cada espécie é constituído por duas palavras; a primeira que identifica o
género e a segunda mais especifica, que em geral qualifica, o género). A
designação cientifica deste lince foi-lhe atribuída em 1777, pelo biólogo e
zoólogo alemão chamado Johann Christian
von Schreber.
O Lince-vermelho habita em grande parte dos estados da América do Norte.
Também pode ser encontrado no sul do Canadá, chegando ao norte da Colômbia
Britânica. A sul pode estender os seus habitats até ao norte do México. No
fundo a sua região geográfica perlonga-se da costa do Pacifico à costa do
Atlântico. Salvo o centro oeste americano, (desde do vale do Mississippi ao
vale do Ohio, até a sul dos Great Lakes, a norte dos E.U.) onde foi caçado até
à extinção. É um felino com uma grande adaptabilidade a qualquer tipo de
condições geográficas e ambientais. Tipicamente de climas temperados, a sua
demografia populacional vai das matas e florestas subtropicais às zonas
pantanais, passando por matas e pradarias rochosas, incluindo semidesertos ou
mesmo locais mais perigosos como as terras agrícolas. Contudo, prefere terrenos
isolados; escolhe, geralmente, territórios de baixa elevação no inverno,
evitando as zonas de neve profunda, mas também as terras altas na época de
maior calor não são os seus locais de preferência, optando por matas pouco
densas junto a terrenos rochosos. Calcula-se que povoa cerca de 48 dos Estados
americanos. Estas populações são mais elevadas no sudeste do que nos estados
ocidentais.
É um animal tímido, esquivo, discreto, evasivo e de actividade normalmente
nocturna... Acima de tudo, um solitário. Evita o contacto humano, por isso é
raro ser avistado com facilidade e de difícil observação. Como já referi, procura
de preferência locais isolados e onde as suas vantagens predatórias lhe
permitam uma melhor sobrevivência. Apesar de ser um bom trepador não usa muito
as árvores, senão esporadicamente para descansar ou relaxar. É igualmente, um
bom nadador, apesar se puder evita a água. Contudo, prefere descansar em locais
salientes nas rochas e penedos dentro de uma mata ou bosque. Marca o seu
território, do qual são muito ciosos, com urina (impregnando locais de
referência), fezes, marcação através de odores corporais, arranhões nas árvores.
O Lince-vermelho costuma ter em locais dispersos diversos abrigos, dado que os
territórios dos machos por vezes se sobrepõem mas eles toleram-se entre si, ao
contrário das fêmeas que defendem os seus territórios de outras fêmeas.
A sua coloração é de um castanho vivo, quase cobreado, com manchas pretas,
aquilo que entendemos como pintas, porém podem ser bastante irregulares na sua
forma; por vezes, até acentuadas na cor negra ou mais difusas quase
dissimuladas, ou sob comprido ou com um formato arredondado lembrando um
leopardo. Mas é nos membros, principalmente posteriores, que o negro se mostra
mais intenso e revelador. A pelagem no inverno transforma-se em tons cinzentos
que podem mesmo ser de um cinzento claro, fazendo desaparecer quase por
completo as manchas características e o pêlo fica farto e denso, para uma
melhor adaptação aos seus habitats nas estações rigorosas. Há uma outra
característica que parece marcar a espécie no que respeita a coloração; as
populações do sul têm um pêlo mais claro que as do norte que apresentam uma cor
mais escura. As orelhas são grandes, peludas, terminando nos típicos tufos
finos de pelo preto e pontiagudo comum a estes felinos. O crânio é normalmente
redondo e os olhos amarelos com pupilas pretas. A cor do nariz é meio
avermelhado meio rosado. A cauda comum destas espécies é curta e grossa, mas no
Lince-vermelho mais curta do que nas restantes espécies, com um formato
arredondado parecendo ter sido cortada na extremidade e as manchas negras mais
concentradas. Na zona ventral a cor é habitualmente branca, tal como na zona
interior da cauda, o queixo também exibe uma tonalidade branca. O dorso pode
apresentar uma coloração de um castanho mais amarelado com uma lista continua
ou recortada escura na zona mais traseira. Os membros são altos para a
proporcionalidade do seu tamanho. As patas são grandes e adaptadas a uma
corrida rápida e irregular. Para além dos conhecidos tufos nas orelhas, como
todos os linces, o Bobcat tem uns rufos de pêlos que descem das orelhas e se
destacam do rosto bastante evidentes e compridos. Há estudos que indicam ou
presumem que a evolução e a origem de diferentes espécies pode ter-se
desenvolvido a partir do Lince-euroasiático, e que tenha atravessado os
continentes através do “Estreito de
Bering”, entre a Rússia e a região do Alasca na América do norte; até
porque aos anos 50 do século XX, o Lince-vermelho e o Lince-do-Canadá
partilhavam territórios comuns a norte, incluindo no Canadá.´
As características físicas da sua morfologia determinam-no como o Lince de
menor porte entre as 4 espécies conhecidas. Um macho adulto, que é em geral 30
a 40% maior que a fêmea, varia dos 66/80 aos 105 cm de comprimento, com uma
média comum de 90 cm e pesar entre os 6/7 e os 14/18 kg. A altura até aos
ombros (como é medida) é bastante variável, e estabelece-se dos 30 aos 60 cm. As
fêmeas são mais pequenas e, o seu comprimento pode ficar entre os 70 e os 80 cm
ou pouco mais, o peso varia também muito e vai dos 4 aos 14/15 kg. A sua cauda
típica não vai muito além duns 10 cm até uns eventuais 18 cm. No fundo, tem um
tamanho que é duas ou três vezes a do gato doméstico comum. Estas variâncias
tão expressivas justificam-se pelas condições climáticas dos extensos territórios
que habita e da variedade de presas de cada região.
O Lince-vermelho é um predador carnívoro normalmente bem sucedido, apesar
de conseguir estar sem comer por períodos longos. A sua capacidade de caça
deve-se sobretudo, à astucia de surpreender as suas presas em emboscadas e ao poder
do seu salto, que pode alcançar os 3 metros. É capaz de se mover num absoluto
silêncio e com uma rapidez impressionante no momento do impulso. A sua biologia
ajuda muito; com um peso leve, ágil, e com uma excelente resistência nos biomas
mais diversos, permite-lhe ter uma dieta muito variada. Esta actividade ocorre
desde as primeiras horas do crepúsculo até o sol atingir o seu zénite, mas
também se pode dar já perto do pôr-do-sol. No outono e inverno a procura de
presas tende a dar-se mais durante o dia, nos locais onde as condições
climáticas são mais difíceis. As presas vão dos pequenos mamíferos aos cervídeos.
Ratos, castores, esquilos arborícolas ou terrestres, jovens javalis e pecaris até
pequenas aves ao famoso peru selvagem americano, dos ninhos de aves que
nidificam no solo ou opossuns aos veados, fazem parte da sua grande diversidade
de caça. Nas esporádicas vezes que caça presas de maior porte, como os veados,
não consegue consumir tudo e por isso esconde o que resta para voltar de novo quando
a fome apertar. Este lince é também acusado de caçar gado (cabras e ovelhas) e
atacar aviários, como matar pequenos cães ou gatos domésticos; porém, estes
dados mesmo contendo uma forte possibilidade factual nem sempre podem ser todos
atribuídos ao lince, os números desta predação não são precisos quanto ao tipo
de predador e podem ter outras origens em outros caçadores de topo e que são
bastantes nestas regiões… Estudos de 87, indicavam que o Bobcat não é um
predador de gado ou de outros animais ligados à agro-pecuária e que acima de
tudo, é um felino que claramente se furta do contacto humano. É sabido que a grande
preferência do Lince recaí sobre os coelhos e lebres e que lhe dão as melhores
condições para ser o mais bem sucedido dos felinos americanos. O que leva a que
esta espécie não se encontre em risco ou mesmo com um estatuto vulnerável nem
sequer perto da ameaça. A IUCN classifica-a com um estatuto “Pouco
Preocupante”.
Todavia, estamos perante uma das espécies menos protegidas dos Estados Unidos
da América. São vários os estados americanos que permitem a caça oficial ao
Lince, mesmo que em números estipulados, o estado de Washington é um deles e
que considera simplesmente o Lince como um típico animal de caça. Isto acontece
tanto com fins desportivos como cinegéticos, para além do efeito da caça ilegal
no tráfico de peles. Acabando por ser hoje nos EUA, uma espécie cinegética, o
que é inadmissível. Mas este tem sido o conjunto de argumentos usados para
satisfazer os lobbies da gente do poder, dos interesses da venda de armamento,
e dos caçadores… Para além, de ser uma das grandes causas que está por detrás
de todas as espécies que acabam ameaçadas e em risco de extinção. É algo que
não entendo nem consigo aceitar de maneira de nenhuma, e muito menos numa nação
que se diz: a grande ordem e liberdade ou moral do mundo. Desde os Alces, ao
Puma, os Lobos, passando por dezenas de outras espécies e terminando nos Linces
ou Ursos, todos são alvos autorizados para a prática de um crime lícito e de
diversão humana na Grande América. Entre os anos 70 e anos 80 do século
passado, o preço oferecido por peles de Lince-vermelho variavam dos 20 aos 600
dólares e, que causaram uma média de 10.000 a 90.000 linces mortos, nos anos
80. Apesar destes números terem baixado pela pressão internacional sobre a
crueldade destes métodos, a caça não foi proibida. De acordo com as
estatísticas nos números da caça autorizada, continuam a ser elevados, para
cima de 40.000 Bobcats são mortos todos os anos. Isto sem contar com aqueles
que são mortos por caçadores não autorizados. Num país onde menos de 3% da população são caçadores, mas que
representam a morte de mais de 100 milhões de animais por ano e apenas por
desporto. Um comportamento absurdo desta “suprema” nação que tem como
consequência directa o desequilíbrio da biodiversidade em toda a sua
transversalidade e de resultados nefastos imprevisíveis a médio e longo prazo
em todo o continente. Nada justifica a matança indiscriminada de animais
selvagens, e não pode ser por alguns estados terem uma população mais numerosa
que se justifique a caça como razão de equilíbrio dessa densidade, até porque
ainda existem regiões onde esta espécie de lince foi totalmente exterminada,
para além de tecnicamente o controle reprodutivo ser sempre possível e isto
pode ainda tornar mais eficaz a gestão genética da própria espécie. O controle
populacional através do abate, para além de ser desumano é um grave erro
ecológico, pois podemos estar a reduzir substancialmente a diversidade genética
(entre muitos outros casos, a situação do Bisonte-Europeu é a prova daquilo que
afirmo). Actualmente, o Lince é caçado
em 38 estados americanos e em 7 canadianos; este é um dos dados mais hediondos
sobre a América e a vida selvagem.
Por estas razões (protegido desde 2000), existe uma recomendação por parte
da AZA (Association of Zoos and Aquariuns),
pelo seu organismo Felid TAG (Taxon
Advisory Groups), que os Parques zoológicos deveriam substituir todos os
Lince-vermelhos em exibição por Linces-do-Canadá. E o mesmo se aplicando a
outras espécies de felinos ameaçados por estas causas desumanas. Em 2009, num
censo internacional, calculava-se que existiriam cerca de 750.000 a 1 milhão de
Bobcats em todo o mundo, em que perto de 250 exemplares estariam em cativeiro,
dos quais desses, 190 pertenceriam a Zoos nos Estados Unidos da América.
No ciclo de vida desta espécie, a sua biologia reprodutiva pode mudar de
acordo com as condições climáticas e as zonas geográficas. A influência da
latitude, altitude e longitude podem afectar os ciclos de vida deste felino.
Mas por norma, as fêmeas chegam a maturidade sexual ao fim dos primeiros 12
meses de vida, enquanto os machos em média só após os dois anos. O território
de um Lince macho estende-se por 15 a 20 km, e pode incluir a presença de 2 ou
mais fêmeas, com quem acasalará durante o seu domínio. Contudo, os estudos que
analisei demonstram que estes territórios podem-se alterar consoante a
severidade das zonas geográficas, mas também variam muito entre machos, fêmeas
e jovens linces. Estas variações são mais evidentes nos períodos sazonais, o
que é compreensível se tivermos em conta a maior abundância de presas no tempo
mais quente e as épocas de acasalamento. Como animais solitários, a interacção
entre os casais só ocorre na época de acasalamento, que dá-se ao longo do
inverno até ao inicio da primavera. Fevereiro e Março, é em geral, o período de
copula dos casais; porém, este período pode variar de Janeiro a Junho
dependendo das condições para criarem as suas proles. Durante a corte, é
possível ouvir miados sonoros, sibilos ou chiados semelhantes a gritos de dor que
se prolongam por alguns dias ou mesmo semanas. Os dois acasalam ou emparelham
(que é o termo comum usado para este tipo de acasalamento) várias vezes durante
este período. Um dado curioso é que… A fêmea pode acasalar com vários machos
nesta altura, tal como o macho pode procurar várias fêmeas receptivas. Todavia,
é por norma, entre o fim de Abril e o principio de Maio, que as fêmeas dão à
luz, após uma gestação de 50 a 70 dias; em média são cerca de 62 dias.
Procurando as suas tocas em buracos na base das árvores ou no espaço oco de
árvores mortas já tombadas, por vezes as grutas ou locais resguardados nas
zonas rochosas também podem ser uma opção segura para criar os filhotes. Estas
ninhadas podem variar de 1 e 2 a 7 gatinhos, mas as ninhadas mais comuns
ficam-se entre 2 e as quatro crias. Os gatinhos
nascem com os olhos fechados e só os abrem uns 10 dias depois. Começam a
explorar as redondezas em torno da toca às 4 semanas. São desmamados à volta
das 8/10 semanas. Entre os 3 e os 5 meses começam a fazer com a mãe as
primeiras incursões no seu território. O macho partirá e a responsabilidade sobre
as crias fica entregue à mãe, que permanecerá com elas até aos 10-12 meses,
aquando da aproximação da nova época de reprodução. É normal e comum entre a
maioria das espécies de felinos, as fêmeas evitarem os machos, pois estes podem
matar as crias para que estas fiquem mais rapidamente disponíveis para
acasalarem ou para que assentem nos seus territórios. Entre os espécies de
linces, o Lince-Vermelho é aquele que leva menos tempo atingir a maturidade
sexual. Os machos ocasionalmente, podem participar nas primeiras lições de caça
às jovens crias junto com a fêmea. Apesar de ser um animal solitário, não é
assim tão estranho observar por algum tempo, os jovens linces depois de
abandonados pela mãe permanecerem juntos até que cada um parta para novos e territórios
diferentes.
Outro dado importante e ao mesmo tempo curioso, para não dizer
surpreendente ou estranho, é sobre a esperança média de vida do Lince-vermelho.
Os dados indicam uma média entre os seis e os oito anos de vida, raramente
alcançando os dez anos. Por outro lado, há estudos que registam 16 anos na
natureza e 32 anos em cativeiro (que é uma esperança de vida para um felino,
elevadíssima). Outros estudos estimam 10 a 14 anos em liberdade e 25 anos em
cativeiro. Não sei qual a precisão dos estudos nem o rigor da credibilidade
deste dados, mas estamos a falar, por vezes, do dobro da média de vida em cativeiro
e quase o triplo ou quadruplo desse tempo na natureza. O que me deixa
intrigado, por muito que leve em conta condições excepcionais de vida para que
exista esta fundamentação. O certo é que se sabe pouco sobre esta longevidade
na natureza, pelo menos ao ponto de se puder fazer uma rigorosa leitura e
interpretação dos valores médios.
Sem ser o homem (que é a maior ameaça ao Lince e a causa de mortalidade
mais elevada), o único predador natural de um Lince adulto é o Puma ou
Leão-da-montanha, muito conhecido por “cougar”.
A expectativa de vida deste felino em liberdade é muito baixa, baseada em todos
os factos já aqui relatados, provavelmente situar-se-á em média abaixo de 5 anos
na natureza. Os jovens também acabam por ser presas das águias, grandes mochos,
raposas e coiotes ou do ataque de pecaris ou de ursos; isto para além da
mortalidade infantil de causas naturais ou o infanticídio que poderá ocorrer.
Mesmo assim, a globalidade da espécie nem das suas subespécies se encontram em
perigo, excepto a subespécie mexicana, “Lynx rufus escuinapae”. Claro que, o
desenvolvimento urbano como as auto-estradas ou os cabos eléctricos de
alto-voltagem derrubados, a expansão dos terrenos agrícolas e a continua
degradação do seu habitat fazem parte de uma lista que parece não acabar para afectar
esta espécie felina.
Em termos evolutivos ou paleontológicos, existem registos de fosseis que
sugerem ou comprovam mesmo que a sua origem remonta a África. Teoricamente, uma
evolução que advém de uma linhagem do género “Panthera” e do qual se deve ter separado há aproximadamente 2
milhões de anos (na época do Plioceno, última época do período Terciário da era
Cenozóica), isto pelo menos com base na análise morfológica dos cromossomas
detectados nos tecidos de uma pele, e que serviram como objectivo para
distinguir o género “Panthera” de
outros géneros felinos. Todavia, esta questão não é consensual no que diz
respeito à linhagem deste género nas suas diversas espécies e das suas
diversidades morfológicas. Registos antigos sobre o Lince-vermelho situam-no
entre 3,2 e 1,8 milhões de anos atrás, como um descendente ancestral da espécie
mais antiga e reconhecida como associada ao género do lince; o “Lynx issiodorensis”, que viveu na Europa
(antes da última grande era glacial) no Pleistoceno, época do período
Quaternário da era Cenozóica, mas com prováveis origens em África, como já
mencionei. Parece que a redução gradual de tamanho caracteriza o Lince-vermelho,
pois o “Lynx rufus calcaratus”, uma
subespécie antepassada do Bobcat da era Irvingtonian (Irvingtonian North
American Land Mammal Age: escala de tempo geológico da fauna norte americana),
era ligeiramente maior.
Por falar em subespécies, O Lince-vermelho tem reconhecidas 12 subespécies.
Contudo, uma vez mais, também estas são alvo de discussão e discórdia dentro da
comunidade cientifica, devido a pouca diferenciação que existe entre elas, não
só em termos biológicos como morfológicos.
Fica aqui, por fim, a classificação cientifica do Bobcat ou Lince-vermelho…
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Subclasse: Eutheria
Ordem: Carnivora
Subordem: Feliformia
Família: Felidae
Subfamilia: Felinae
Género: Lynx
Espécie: Lynx rufus /1777
Subespécies:
Lynx rufus rufus /1777 -(1)
Lynx rufus gigas /1897 -(2)
Lynx rufus floridamus /1817 -(3)
Lynx rufus superiorensis /1952 –(4)
Lynx rufus baileyi /1890 –(5)
Lynx rufus californicus /1897 –(6)
Lynx rufus escuinapae /1903 –(7)
Lynx rufus fasciatus /1817 –(8)
Lynx rufus oaxacensis /1963 –(9)
Lynx rufus pallescens /1899 –(10)
Lynx rufus peninsularis /1898 –(11)
Lynx rufus texensis /1895 –(12)
Lynx rufus mohavensis (esta subespécie não surge classificada oficialmente)
–(13)
(1)
Este
até ao centro oeste E.U.
(2) Norte
de New York até New Scotia e New Brunswick
(3) Sudeste E.U. e interior até Mississippi
Valley, até sudoeste de Missouri e sul de Illinois
(4) Região ocidental de Great lakes, acima de
Michigan, Wisconsin, sul de Ontario e grande parte do Minnesota
(5) Sudoeste E.U. e noroeste do México
(6) Califórnia, oeste de Sierra Nevada
(7) México central, com uma extensão a norte
ao longo da costa oeste até ao sul de Sonora
(8) Oregon, Washington no oeste de Cascade
Range, noroeste da Califórnia, Sudoeste de British Columbia
(9) Oaxaca
(10) Noroeste
E.U. e sul British Columbia, Alberta, Saskatchewan
(11) Baja
Califórnia
(12) Oeste
de Louisiana, texas, centro sul de Oklahoma, Sul interior de Tamaupilas, Nuevo
León,
(13) Deserto
de Mojave na Califórnia
Sem comentários:
Enviar um comentário