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LEMBRANDO QUE A EXTINÇÃO... "GERALMENTE", É PARA SEMPRE!

EXTINTO... CERTAMENTE, OU TALVEZ NÃO...

TYLACINE EXTINT?

O último Tilacino

Esta publicação não é uma investigação na forma de artigo, como todas as anteriores. Também é a 50ª publicação deste Blog... por isso, tem um caracter especial. Contudo, não deixa de ser um estudo; um estudo fotográfico sobre um dos animais mais emblemáticos da vida selvagem da era moderna.

Esta, pressuponho, que seja a mais completa publicação (ou na pior das hipóteses, uma das mais completas), de recolha de imagens sobre o célebre… Tilacino, ou Lobo-da-Tasmânia, ou ainda Tigre-da-Tasmânia, cientificamente com a designação: Thylacinus cynocephalus, descrição atribuída em 1808, por George Prideaux Robert Harris, naturalista e responsável pela descoberta de muita da fauna e flora deste continente, concretamente, na ilha da Tasmânia. Terá sido endémico da Austrália, Papua Nova Guiné e da Tasmânia; se habitaria mais algumas das ilhas da Oceânia, não sabemos...

Esta colecção (que procurei que fosse o maior tributo imagístico de que tenho conhecimento), pretende mostrar, a história possível, do que hoje podemos recordar de um animal que se encontra extinto há 82 anos. Excluí as filmagens existentes, por já as ter utilizado como finalidade em outro estudo.

O Tilacino, é juntamente, com algumas outras espécies (não muitos mais), dos animais mais enigmáticos, que conheço. Diria mesmo, que, o Tilacino e o Okapi, poderiam representar o símbolo da vida selvagem. Ainda hoje, observando-o, olhando para a sua morfologia, conhecendo alguma coisa (pouca) da sua etologia, a genética possível, não sabemos de que espécies estaria mais próximo. Estudos taxidérmicos mostram, praticamente, que a nível do crânio, não se encontram diferenças entre o Tilacino e o Lobo-Cinzento; outros estudos, dão-no ainda mais próximo da raposa-Vermelha; O Dingo surge bastantes anos mais tarde; de cão, a taxonomia conhecida, indica que não há nenhum parentesco, apesar de algumas semelhanças; associado, a espécies como o Gambá-americano, ao Diabo-da-Tasmânia, hoje os estudos tendem a aproximá-lo mais do Vombate (um mamífero herbívoro que habita o continente australiano). O que sabemos e que o torna mais fascinante… é que o Tilacino era um marsupial.

O certo, é que o último Tilacino morreu, no Jardim Zoológico de Hobart, na Tasmânia, no dia 7 de Setembro de 1936, após viver ali três anos, depois da sua captura. Conhecido por “Benjamin”, este exemplar permanece envolto de uma série de mistérios que até hoje continuam por clarificar… macho ou fêmea? Qual a verdadeira causa da sua morte? Que idade teria? A sua história? Se alguma vez lhe foi atribuído um nome? Uma coisa parece certa, ninguém quis saber, nem as autoridades nem qualquer organização... "Benjamin", foi abandonado a sua sorte e condição, tal como os últimos em liberdade. Nem o seu corpo foi conservado ou vestígios da sua existência física, porquê? 

Como já referi, em anteriores artigos (e este é o quarto artigo) sobre este extraordinário animal… não sei se é possível ainda existirem tilacinos (tenho uma profunda convicção que não!), não sei se os relatos ou os sinais documentados nos levam a alguma conclusão, não sei algum dia voltaremos a conhecer uma espécie semelhante a esta… Uma coisa tenho a certeza, foi o homem, foi a nossa conduta humana, que nos privou de hoje podermos observar encantados como seria este animal no seu habitat natural.


A diminuição dos seus territórios naturais, a proliferação humana, a introdução de cães na Austrália, a eventualidade de doenças transmissíveis, e talvez uma das razões principais, a evolução como predador de topo do Dingo nestes territórios, para além da perseguição desenfreada do homem sobre este animal, limitados que ficaram a Ilha da Tasmânia... resultaram no enorme decréscimo populacional da espécie. A sua extinção, pode ter tido outro factor que é determinante nos elevados riscos de extinção das espécies; a diminuição da diversidade genética. De acordo com um estudo da Universidade de Melbourne, em 2012, a pouca variabilidade das combinações tradicionais de sequências DNA, mostram uma diferença única nesta variação, ou seja, cerca de 99,5% da genética era idêntica entre indivíduos, o que é manifestamente, muito pequena.

As fotos que se seguem, algumas terão o comentário possível, de acordo com o que consigo especificar. Acredito que uma parte destas imagens sejam de "Benjamin", outras serão de exemplares espalhados por diversos jardins zoológicos, outras ainda retiradas dos fragmentos das únicas filmagens existentes. Mas, o importante para mim, foi colectar o maior número de momentos deste belo animal, para que nos possamos lembrar para sempre do Tilacino, e de que a Extinção, para além de participarmos no desaparecimento de uma espécie, priva-nos do prazer de coabitar na Terra com seres magníficos.

Olho para esta recolha e para os dados que aqui estão (para além dos publicados nos anteriores artigos), e penso... o quanto esta informação (e a observação destas imagens) poderia dar uma boa aula de Ciências ou Biologia, para jovens estudantes!



Esta foto mostra-nos um plano marcante e que nos aproxima do que era o Tilacino
A postura corporal curvada, os membros dianteiros mais curtos e a cauda semelhante a um canguru são evidentes.
Nesta foto a particularidade das orelhas não tão arredondas, quase tringulares
e as riscas negras, mostram que poderia não haver um exemplar igual.
As condições eram terriveis, para qualquer animal,
mas para animais selvagens capturados no seu habitat, deveriam ser inimagináveis... 

A abertura das mandíbulas é impressionante... os dados falam em 120º. Com 46 dentes.

Um momento raro, 3 tilacinos juntos. Jovens (?), não sabemos.
O do direita parece ter uma das patas amputadas (armadilha ou imagem danificada?).

Apesar da fraca qualidade da imagem, calculo que sejam os mesmos...

Dormindo juntos, mostra uma boa interacção, qual a relação de parentesco? Não encontrei dados sobre esta foto.



Penso que faz parte de sequência das duas fotos anteriores dos 3 exemplares.








Foto associada ao Zoo de Londres, entre 1930 e 1931.

Aparentemente, um casal (vê-se pelo tamanho do macho), no Zoo de Hobart, anterior a 1921.
A foto suponho que seja propriedade da Universidade de Melbourne.



O Tilacino era um predador com um sentido de olfacto (orgãos olfactivos) muito desenvolvido.

Os dados relatam que só a cauda teria um comprimento entre os 50 e os 65 cm.

Os estudos indicam que deveria pesar entre 20 a 30 Kg.
A altura calculada até aos ombros ou dorso era cerca de 60 cm.

O comprimento do Tilacino está registado entre os 100 e os 130 cm.

Um casal de Tilacinos, no Zoo de Washington, foto datada de 1902, ou 1906.



Foto ampliada, de 4 tilacinos (mãe e 3 crias), no Zoológico de Beaumaris, em Hobart, por volta de 1910.
Uma fêmea com as 3 crias. Parece que haviam sido caputadas em 1925, por um tal Elias Churchill, em Florentine Valey, no sul da Tasmânia.. Ao que parece eram exibidos em feiras. Não se sabe o que lhes aconteceu...



Suponho, que o mesmo casal que já vimos numa imagem anterior, em Hobart, datada de um período anterior a 1921.

Curiosa esta imagem, um Tilacino dentro de um comedor ou bebedor.

Por não conhecer outras, creio que faça parte do conjunto de imagens,
que já vimos onde surgem os 3 tilacinos.




Outra imagem, do casal, no Zoo de Washington, em 1902.


Esta posição mostra um pouco como funcionava a sua capacidade de salto nas pernas traseiras...
semelhante ao que acontece com os Cangurus...


Uma fêmea fotografada no Zoo de Melbourne



Imagem retirada do filme feito pelo naturalista e zoológo David Fleay, do último Tilacino vivo: "Benjamin". Em 1932.

Foto tirada por Myra Sargent, do que parece ser um jovem tilacino, no pequenino recinto ou jaula.
Será a mesma progenitora que já vimos com as três crias? Estas ainda muito jovens,
Vemos a fêmea a reagir na protecção das crias. Foto de Rose Lewis


Sarah Hamilton relata como surge esta foto, tirada pela sua tia-bisavó Myra Sargent.


Parece um macho dormindo, vê-se a cauda de outro.
Pela tonalidade, deve fazer parte da sequência dos 3 tilacinos que já vimos...




Foto associada ao Zoo de Bronx. De um Tilacino macho.
Fotos dos arquivos da "WCS-Wildlife Conservation Society". Entre 1902 e 1919, o Zoo de Bronx possuiu 4 tilacinos.

Estas três fotos do Zoo de Bronx, calculo de acordo com a informação, que sejam todas datadas de 1903.


"Benjamin", no Zoo de Hobart, em 1933.

Tilacino fotografado roubando uma galinha. Foto de Henry Burrell em 1921.
Porém, li que era um embuste, uma montagem, o tilacino está empalhado.
A ideia era mostrar como este animal poderia ser devastador, aumento o ódio pela espécie.


Um promenor que se encontra relatado, era a sua enorme capacidade de vocalizações,
com diversas variações; sons guturais, nasais, silvados ou assobios, rosnados, "choros" estridentes...

Uma boa imagem, para observar as riscas negras, que variavam entre as 15 e as 20...
de acordo com os dados, mas creio que poderiam ser mais, observem as fotos!...

Li um estudo, que referia que o tilacino tenha surgido há cerca de 4 milhões de anos...
isto, de acordo com dados do Museu da Austrália, sobre o "Thylacine".

Associada ao Zoo de Beaumaris, em Hobart, 1910... mas, pelo que sabemos,
 a única vez que se reproduziram em cativeiro, foi no Zoo de Melbourne em 1899.
Há muita incongruência nos dados, pois se houve apenas uma reprodução em cativeiro...
a verdade é que existem diferentes fotos associadas a diferentes locais, talvez não! 



Foto de 1889, no Zoo de Adelaide, pretende mostrar o chamado marsúpio abdominal desta fêmea.
Revelando que deveria ter tido crias muito recentemente, pela forma distendida que apresenta. 

Um jovem Tilacino



Excelente imagem das mandíbulas do tilacino.

Patas características:
5 dedos nos membros posteriores e 4 dedos nos membros anteriores.




Esta foto é fundamental para percebermos e talvez, para o recordarmos como ele deveria ser.
Imagem colorida à mão, de um tilacino no Zoo de Londres.
Tilacino no Zoo de Londres, fotografado a 27 de Março de 1926, para o "The Illustrated London News".


Um feto conservado de um tilacino no Museu de Victoria, em Londres.

Este exemplar encontra-se conservado no Museu Nacional da Austrália.
Será o cadáver mumificado, encontrado numa caverna em Nullarbor Plain, com 4 a 5.000 anos?
Um tilacino juvenil, conservado e parte da colecção do Museu de História Natural de Londres.
foto de: Penny Edmonds



A pele de um tilacino conservada num museu.

Não são muitos os que se encontram conservados. Museu Nacional de Ciências Naturais, em Madrid.
A foto é de Mireia Querol

O mesmo exemplar do Museu Nacional da Austrália a ser estudado.

Espécime empalhado no Museu Nacional da Austrália em Canberra, Capital da Austrália.

Um espécime embalsamado no Museu de Oslo.

Museu de Sydney, Austrália

O esqueleto de um Tilacino, no Museu Nacional de História Natural, em Paris.

O mapa mostra localizações e a distribuição onde habitava o Tilacino, não consegui saber em que época.
Até porque, presume-se que o Tilacino tenha desaparecido da Austrália há cerca de 2.000 anos atrás.
Vemos assinalado a região da Austrália do Sul e Nova Gales do Sul, para além da Tasmânia.

A foto falava num Tilacino cativo ou capturado, vivo ou morto não tenho a certeza (mas creio que sim).


Por muito chocante que seja a imagem, é a isto que se deve a extinção das espécies...

Uma imagem que não precisa de palavras, o ser-humano no seu pior...




A foto está igualmente, identificada, como a do último tilacino caçado, o último em liberdade.

Wilfred Batty, agricultor de Mawbanna em Maio de 1930, com o último Tilacino selvagem morto a tiro.
Quando foi apanhado a roubar galinhas de um galinheiro. Era o último em liberdade...

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NOTA:

Não sei se alguma, ou a maioria, senão a totalidade delas, ainda estão protegidas pelo direito de autor...
de qualquer forma, é óbvio, que serão retiradas, caso isso se verifique e seja reclamado,
mas a intenção é apenas prestar um Tributo a este animal que por culpa dos homens... desapareceu do nosso Planeta!

Acredito, que as fotos sejam originais não adulteradas e que outras tenham sido extraídas dos filmes existentes...


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