UM ÊXITO ESPERANÇOSO - IN-SITU E EX-SITU
(Success of the Program - IN-SITU and EX-SITU)
É difícil medir o êxito dos programas de conservação das espécies ameaçadas, principalmente daquelas que passaram por um processo de extinção na natureza. É difícil ainda garantir que o estatuto Extinto na Natureza (EW) alterado para em Risco de Extinção não regresse à anterior condição. Os condicionalismos são muito e variáveis. Porém, grande parte deles depende daquilo que o Homem pode fazer ou vier a fazer.
O trabalho brilhante e louvável em todas as suas dimensões das organizações conservacionistas e protecção da vida selvagem, dos programas de reprodução, dos projectos de reintrodução e da dinâmica dos parques e jardins zoológicos na manutenção da diversidade genética dos espécimes têm sido deterrminantes na sobrevivência das espécies em perigo.
Infelizmente, a reprodução em cativeiro é a única alternativa. Perante, o constante extermínio provocado pelo homem, directa ou indirectamente, sobre estas espécies. Os zoólogos, os naturalistas, biólogos e conservacionistas para preservarem o que resta de cada espécie olham hoje para esta atitude como a última e derradeira oportunidade de salvar animais e plantas antes que entrem em definitivo no Red Book com o estatuto irreversível de Extintas.
(European Bison)
Nome binomial: Bison bonasus / 1758
Nome binomial: Bison bonasus / 1758
Reino: Animalia / Filo: Chordata / Classe: Mammalia / Ordem: Artiodactyla / Familia: Bovidae / Subfamilia: Bovinae / Género: Bison / Espécie: Bison bonasus
Esta é uma das espécies que bem poderia representar o emblema do risco de extinção, de todas aquelas espécies criticamente ameaçadas. A sua história é um paradigma digno de referência. Para além de todas as considerações que vou tentar referir, à um factor que merece esta minha primeira abordagem sobre espécies em recuperação do estatuto de Extinta na Natureza...
O Bisonte Europeu habitou até por volta do século XII, a Península Ibérica, quando a extensão do seu território abrangia quase toda a Europa, desde as Ilhas Britânicas até à Sibéria Ocidental, passando pela Escandinávia até ao Cáucaso. Pensar que este majestoso animal já fez parte da biodiversidade da zona geográfica que habito, há tantos séculos atrás, e que hoje é parte integrante de um pequeno projecto de reintrodução de novo da espécie na Ibéria; é algo fascinante.
O Bisonte Europeu é o maior e mais corpulento mamífero terrestre europeu. Hoje encontra-se reduzido no seu habitat, unicamente a duas manadas selvagens, residentes na floresta no Parque Nacional de Bialowieza, situada entre a Polónia e a Bielorrúsia. Calcula-se que existam perto de 4.500 exemplares distribuídos por 220 grupos. Divididos em 800 indivíduos em liberdade, e os restantes em centros de reprodução, reservas e jardins ou parques zoológicos.
Porém, esta população, que apesar de acalentar um número razoável para um animal que esteve extinto no seu habitat, não garante um futuro equilibrado da espécie nem a mantêm por completo excluída do risco da ameaça de que foi alvo. Para isso, temos de retroceder ao princípio desta história... quando o Bisonte Europeu, também conhecido por Wisent, foi extinto na natureza. Em 1919, no fim do 1ª. Guerra Mundial, a espécie desapareceu do estado selvagem; a caça para alimentação dos exércitos, a guerra em si, a destruição dos habitats e das condições naturais para a reprodução e a sobrevivência levaram a esse fim. O seu estatuto de EW, foi classificado só em 1927, depois de investigações e expedições que deram como definitiva essa constatação. Perante este cenário em 1923, num congresso internacional para a protecção da natureza em Paris, o representante polaco, um tal senhor chamado (é importante deixar aqui o seu nome, pois a ele deve esta espécie hoje a sua sobrevivência) Jan Sztolcman deixou um apelo à urgente necessidade de salvar este carismático herbívoro ruminante; este pedido foi aceite com a responsabilidade de tão rápido quanto possível ser criada uma sociedade internacional com o objectivo de salvar o Bisonte Europeu. Esse organismo foi criado com o nome de Sociedade para a Protecção do Bisonte Europeu, sitiado na Alemanha e coordenado por Kurt Priemel, director do Jardim Zoológico de Frankfurt, com objectivo imediato de criar um registo mundial com todos os animais vivos naquilo que ainda hoje é conhecido pelo "European Bison Pedigree Book"; o primeiro livro de estudo sobre qualquer espécie da vida selvagem. Alguns anos mais tarde, depois da 2ª. Guerra Mundial, este projecto foi transferido para a Polónia (onde fazia todo o sentido dado que estaria muito mais próximo do último reduto conhecido da espécie antes da sua extinção), agora ao cuidado e coordenado por Jan Zabiriski, director do Jardim Zoológico de Warsaw..Sei hoje que desde 1993 este organismo está localizado no Parque Nacional de Bialowieza onde em 1952 se iniciou o processo de reintrodução da espécie na natureza selvagem.
Voltando à História e à grande questão que envolve a preservação deste animal.
Quando se deu inicio ao processo de identificação dos animais existentes nos anos 20 (1924) do século passado, foram registados somente 54 indivíduos (29 machos e 25 fêmeas), aos quais foram dados um nome e um respectivo número identificativo... contudo, somente 4 machos e 3 fêmeas procriaram. Em termos de detalhe informativo, é bom referir que esta cinco dezenas de animais estavam espalhados metade deles em propriedades da aristocracia europeia e os restantes em zoos como os de: Vienna (Áustria), Amsterdam (Holanda), Frankfurt (Alemanha), Berlin (Alemanha), Stockholm (Suécia), London (Reino Unido), Saint Petersburg (Russia), e na Reserva da Askaniya-Nova (Ucrânia); ainda hoje uma das reservas mais antigas e mais importantes de Bioesfera na Europa com cerca de 60 km. Todavia, foi este estudo que levou à preocupante conclusão que tem deixado os conservacionista permanentemente atentos à vulnerabilidade deste animal. Verificou-se nessa altura que todos os animais vivos descendiam geneticamente apenas de 12 tipos diferentes de genes reprodutores e foram estas características que tiveram de ser usadas desde então até aos dias de hoje, o que quer dizer que a população actual da espécie sofre daquilo que se chama cientificamente de Endogamia; que não é mais do que o acasalamento e consequentemente a procriação entre indivíduos aparentados e interligados por descendências comuns, que ao afectar em termos médios o número de uma população leva a que a genética do grupo seja influenciada pelos genes recessivos, ou seja: à perda da diversidade, enfraquecendo a força desses genes e resultar biologicamente numa maior debilidade morfológica pondo em causa a resistência e mortalidade da descendência. Para agravar este cenário, estes 12 fundadores genéticos acabaram por muitas da vezes serem misturados entre si criando ainda mais dificuldades em gerir a pequena pureza desse conjunto de genes.
Como já salientei, o Bisonte Europeu esteve espalhado quase pela totalidade da Europa e Euroásia. Desapareceu de todas as regiões, e hoje após o projecto de reintrodução resta a pequena mancha florestal entre as fronteiras da Polónia e da Bielorrússia, na Lituânia, na Rússia, Ucrânia e a Eslováquia, onde são mantidas as manadas existentes em liberdade ou semi-liberdade. Presentemente, divididas em duas linhas genéticas para duas subespécies: a primeira, Bisonte Europeu da Planície, considerada mais pura e com mais diversidade de genes através de 7 fundadores deste projecto com genes comuns ás duas linhas; e a segunda, Bisonte Europeu da Planície Caucasiana, através dos restantes 5 indivíduos fundadores que partilhavam um gene originário do macho nº.100 e único representante da espécie original do Cáucaso. Olhando para este panorama descrito, é natural que os cientistas tenham noção do elevado risco que esta espécie corre. Como a investigadora Malgorzata Tokarska do Instituto de Investigação de Mamíferos da Academia Polaca de Ciências disse: "... Não há muito que possamos fazer. Não podemos enriquecer a genética das novas crias porque não temos material...". Esta cientista com o seu incansável trabalho e dedicação a esta causa ainda não desistiu e iniciou um estudo sobre outra manada esperando encontrar algumas diferenças nesses genes.
Não podendo deixar de voltar à notícia que referi no principio deste artigo, porque se trata de uma experiência e de um projecto digno de todos os registos que mencionem o trabalho de conservação in-Situ; falo de novo... do regresso da espécie à Península Ibérica, mais de 1000 anos depois da sua extinção.
7 animais vindos dos bosques de Bialowieza e de Pszczynab na Polónia (2 machos e 5 fêmeas) chegaram à região da Palência, uma zona de 20 hectares de planícies e montanhas rochosas escarpadas, a sul da cordilheira Cantábrica, no norte de Espanha, pela responsabilidade do "Centro de Conservación del Bisonte Europeo en España". Sendo desta forma mais um habitat possível para que esta espécie se expanda em sintonia com aquele que foi em tempos a sua grande região demográfica. Este projecto pode ser de grande interesse para a economia da zona como para o âmbito internacional do repovoamento deste animal.
O mesmo programa já tinha levado à Dinamarca em 2012, 7 outros exemplares vindos da Floresta de Bialowieza para a Floresta Almindungen na ilha Bornholm, ao abrigo de um programa desenvolvido pelo Ministério do Ambiente Dinamarquês.
Por fim, a morfologia biológica do Bisonte Europeu: Com uma pelagem castanha avermelhada, as suas proporções são de grande porte com os quartos-dianteiros do corpo bem maiores que os anteriores, a cabeça é grande e volumosa mas rebaixada, as orelhas são pequenas e os cornos curtos e curvos reflectidos para dentro. O focinho é preto e a parte superior é preenchido com pelos esbranquiçados. Este animal não ruge, emite apenas um grunhido gutural vindo da parte posterior da garganta usado em geral entre a mãe e a cria ou durante a época do cio. Não sendo esquisito e pouco selectivo no que respeita alimentação, come todo o tipo de erva ou relva e vegetação rasteira, ingerindo mais de 60 kg de pasto por dia. Sendo um animal pacifico por natureza é muito social, apesar de raramente formar grupos de mais de 20 indivíduos e por isso com densidade de baixo nível; cada pequena manada divide-se em dois grupos: um constituído por fêmeas e crias com uma matriarca dominante e um outro apenas por machos. Pode atingir os 900 kg, com uma altura até ao garrote de 180 cm, e correr a uma velocidade até ao 40 km/h.
O Bisonte Europeu está classificado hoje no IUCN, como uma espécie "Vulnerável", depois de ter evoluido 3 estatutos de grande perigo (Extinto na Natureza / EW- Criticamente em Perigo / CR - em Perigo / EN).
Uma última palavra: mesmo indo contra os princípios dos defensores de vida animal e das associações de defesa animal que se opõem aos objectivos dos Jardins e Parques Zoológicos, não posso de deixar aqui o meu profundo agradecimento pelo trabalho em prol da conservação das espécies e do papel fulcral nos programas de reintrodução e difusão genética tão importantes para a sobrevivência das espécie classificadas em risco e ameaçadas. Claro que este agradecimentos estende-se também e acima de tudo à WAZA (World Association of Zoos and Aquariums) e EAZA (European Association of Zoos and Aquaria) ou European Endangered Species Programmes (EEP).
Nota final: Quis o homem, como vêm sendo comum na história que envolve o Homem e o Animal, ser o grande vilão e carrasco deste género de animal. Pois conseguiu, extinguir na natureza em pouco mais de 100 anos as duas únicas espécies deste género de animal. Fê-lo durante a segunda metade do século XIX no continente americano, com o Bisonte Americano e repetiu a "façanha" no mesmo século até aos princípios do século XX com o Bisonte Europeu. Por pouco, se não fosse um pequeno grupo de HOMENS e MULHERES , e teria conseguido eliminar da face do nosso Planeta, uma das criaturas mais magestosas e belas que se passearam tranquilamente pelos pastos que eram os seus.
Porém, esta população, que apesar de acalentar um número razoável para um animal que esteve extinto no seu habitat, não garante um futuro equilibrado da espécie nem a mantêm por completo excluída do risco da ameaça de que foi alvo. Para isso, temos de retroceder ao princípio desta história... quando o Bisonte Europeu, também conhecido por Wisent, foi extinto na natureza. Em 1919, no fim do 1ª. Guerra Mundial, a espécie desapareceu do estado selvagem; a caça para alimentação dos exércitos, a guerra em si, a destruição dos habitats e das condições naturais para a reprodução e a sobrevivência levaram a esse fim. O seu estatuto de EW, foi classificado só em 1927, depois de investigações e expedições que deram como definitiva essa constatação. Perante este cenário em 1923, num congresso internacional para a protecção da natureza em Paris, o representante polaco, um tal senhor chamado (é importante deixar aqui o seu nome, pois a ele deve esta espécie hoje a sua sobrevivência) Jan Sztolcman deixou um apelo à urgente necessidade de salvar este carismático herbívoro ruminante; este pedido foi aceite com a responsabilidade de tão rápido quanto possível ser criada uma sociedade internacional com o objectivo de salvar o Bisonte Europeu. Esse organismo foi criado com o nome de Sociedade para a Protecção do Bisonte Europeu, sitiado na Alemanha e coordenado por Kurt Priemel, director do Jardim Zoológico de Frankfurt, com objectivo imediato de criar um registo mundial com todos os animais vivos naquilo que ainda hoje é conhecido pelo "European Bison Pedigree Book"; o primeiro livro de estudo sobre qualquer espécie da vida selvagem. Alguns anos mais tarde, depois da 2ª. Guerra Mundial, este projecto foi transferido para a Polónia (onde fazia todo o sentido dado que estaria muito mais próximo do último reduto conhecido da espécie antes da sua extinção), agora ao cuidado e coordenado por Jan Zabiriski, director do Jardim Zoológico de Warsaw..Sei hoje que desde 1993 este organismo está localizado no Parque Nacional de Bialowieza onde em 1952 se iniciou o processo de reintrodução da espécie na natureza selvagem.
Voltando à História e à grande questão que envolve a preservação deste animal.
Quando se deu inicio ao processo de identificação dos animais existentes nos anos 20 (1924) do século passado, foram registados somente 54 indivíduos (29 machos e 25 fêmeas), aos quais foram dados um nome e um respectivo número identificativo... contudo, somente 4 machos e 3 fêmeas procriaram. Em termos de detalhe informativo, é bom referir que esta cinco dezenas de animais estavam espalhados metade deles em propriedades da aristocracia europeia e os restantes em zoos como os de: Vienna (Áustria), Amsterdam (Holanda), Frankfurt (Alemanha), Berlin (Alemanha), Stockholm (Suécia), London (Reino Unido), Saint Petersburg (Russia), e na Reserva da Askaniya-Nova (Ucrânia); ainda hoje uma das reservas mais antigas e mais importantes de Bioesfera na Europa com cerca de 60 km. Todavia, foi este estudo que levou à preocupante conclusão que tem deixado os conservacionista permanentemente atentos à vulnerabilidade deste animal. Verificou-se nessa altura que todos os animais vivos descendiam geneticamente apenas de 12 tipos diferentes de genes reprodutores e foram estas características que tiveram de ser usadas desde então até aos dias de hoje, o que quer dizer que a população actual da espécie sofre daquilo que se chama cientificamente de Endogamia; que não é mais do que o acasalamento e consequentemente a procriação entre indivíduos aparentados e interligados por descendências comuns, que ao afectar em termos médios o número de uma população leva a que a genética do grupo seja influenciada pelos genes recessivos, ou seja: à perda da diversidade, enfraquecendo a força desses genes e resultar biologicamente numa maior debilidade morfológica pondo em causa a resistência e mortalidade da descendência. Para agravar este cenário, estes 12 fundadores genéticos acabaram por muitas da vezes serem misturados entre si criando ainda mais dificuldades em gerir a pequena pureza desse conjunto de genes.
Como já salientei, o Bisonte Europeu esteve espalhado quase pela totalidade da Europa e Euroásia. Desapareceu de todas as regiões, e hoje após o projecto de reintrodução resta a pequena mancha florestal entre as fronteiras da Polónia e da Bielorrússia, na Lituânia, na Rússia, Ucrânia e a Eslováquia, onde são mantidas as manadas existentes em liberdade ou semi-liberdade. Presentemente, divididas em duas linhas genéticas para duas subespécies: a primeira, Bisonte Europeu da Planície, considerada mais pura e com mais diversidade de genes através de 7 fundadores deste projecto com genes comuns ás duas linhas; e a segunda, Bisonte Europeu da Planície Caucasiana, através dos restantes 5 indivíduos fundadores que partilhavam um gene originário do macho nº.100 e único representante da espécie original do Cáucaso. Olhando para este panorama descrito, é natural que os cientistas tenham noção do elevado risco que esta espécie corre. Como a investigadora Malgorzata Tokarska do Instituto de Investigação de Mamíferos da Academia Polaca de Ciências disse: "... Não há muito que possamos fazer. Não podemos enriquecer a genética das novas crias porque não temos material...". Esta cientista com o seu incansável trabalho e dedicação a esta causa ainda não desistiu e iniciou um estudo sobre outra manada esperando encontrar algumas diferenças nesses genes.
Não podendo deixar de voltar à notícia que referi no principio deste artigo, porque se trata de uma experiência e de um projecto digno de todos os registos que mencionem o trabalho de conservação in-Situ; falo de novo... do regresso da espécie à Península Ibérica, mais de 1000 anos depois da sua extinção.
7 animais vindos dos bosques de Bialowieza e de Pszczynab na Polónia (2 machos e 5 fêmeas) chegaram à região da Palência, uma zona de 20 hectares de planícies e montanhas rochosas escarpadas, a sul da cordilheira Cantábrica, no norte de Espanha, pela responsabilidade do "Centro de Conservación del Bisonte Europeo en España". Sendo desta forma mais um habitat possível para que esta espécie se expanda em sintonia com aquele que foi em tempos a sua grande região demográfica. Este projecto pode ser de grande interesse para a economia da zona como para o âmbito internacional do repovoamento deste animal.
O mesmo programa já tinha levado à Dinamarca em 2012, 7 outros exemplares vindos da Floresta de Bialowieza para a Floresta Almindungen na ilha Bornholm, ao abrigo de um programa desenvolvido pelo Ministério do Ambiente Dinamarquês.
Por fim, a morfologia biológica do Bisonte Europeu: Com uma pelagem castanha avermelhada, as suas proporções são de grande porte com os quartos-dianteiros do corpo bem maiores que os anteriores, a cabeça é grande e volumosa mas rebaixada, as orelhas são pequenas e os cornos curtos e curvos reflectidos para dentro. O focinho é preto e a parte superior é preenchido com pelos esbranquiçados. Este animal não ruge, emite apenas um grunhido gutural vindo da parte posterior da garganta usado em geral entre a mãe e a cria ou durante a época do cio. Não sendo esquisito e pouco selectivo no que respeita alimentação, come todo o tipo de erva ou relva e vegetação rasteira, ingerindo mais de 60 kg de pasto por dia. Sendo um animal pacifico por natureza é muito social, apesar de raramente formar grupos de mais de 20 indivíduos e por isso com densidade de baixo nível; cada pequena manada divide-se em dois grupos: um constituído por fêmeas e crias com uma matriarca dominante e um outro apenas por machos. Pode atingir os 900 kg, com uma altura até ao garrote de 180 cm, e correr a uma velocidade até ao 40 km/h.
O Bisonte Europeu está classificado hoje no IUCN, como uma espécie "Vulnerável", depois de ter evoluido 3 estatutos de grande perigo (Extinto na Natureza / EW- Criticamente em Perigo / CR - em Perigo / EN).
Uma última palavra: mesmo indo contra os princípios dos defensores de vida animal e das associações de defesa animal que se opõem aos objectivos dos Jardins e Parques Zoológicos, não posso de deixar aqui o meu profundo agradecimento pelo trabalho em prol da conservação das espécies e do papel fulcral nos programas de reintrodução e difusão genética tão importantes para a sobrevivência das espécie classificadas em risco e ameaçadas. Claro que este agradecimentos estende-se também e acima de tudo à WAZA (World Association of Zoos and Aquariums) e EAZA (European Association of Zoos and Aquaria) ou European Endangered Species Programmes (EEP).
Nota final: Quis o homem, como vêm sendo comum na história que envolve o Homem e o Animal, ser o grande vilão e carrasco deste género de animal. Pois conseguiu, extinguir na natureza em pouco mais de 100 anos as duas únicas espécies deste género de animal. Fê-lo durante a segunda metade do século XIX no continente americano, com o Bisonte Americano e repetiu a "façanha" no mesmo século até aos princípios do século XX com o Bisonte Europeu. Por pouco, se não fosse um pequeno grupo de HOMENS e MULHERES , e teria conseguido eliminar da face do nosso Planeta, uma das criaturas mais magestosas e belas que se passearam tranquilamente pelos pastos que eram os seus.
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